“A atriz que nos fez rir e refletir sobre o amor em todas as idades, deixa um vazio no coração dos cinéfilos.”
O cinema perdeu uma de suas maiores e mais queridas estrelas. A atriz Diane Keaton, um ícone de estilo, talento e independência, faleceu neste sábado, 11 de outubro, aos 79 anos, na Califórnia. A notícia foi confirmada por um porta-voz da família, que pediu privacidade neste momento de luto.
Keaton deixa uma marca inconfundível em Hollywood, tendo transitado com facilidade entre papéis dramáticos pesados e comédias românticas cheias de inteligência.
Do Drama Épico ao Coração Partido
Para muitos cinéfilos, o primeiro contato com seu trabalho foi na monumental saga O Poderoso Chefão (The Godfather). No papel de Kay Adams-Corleone, ela não era uma gângster, mas sim a outsider que se casou com Michael Corleone (Al Pacino) e se tornou o reflexo da alma que ele perdeu. Keaton soube transmitir a dor da desilusão e a trágica transformação de Kay de uma jovem inocente para uma mulher isolada em um mundo de crime.
A Rainha da Comédia Romântica Inteligente
Se Kay Adams mostrava a força no drama, foi nas comédias que Diane Keaton se tornou um modelo para gerações.
Seu Oscar de Melhor Atriz veio com Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977). O filme não só a consagrou como estrela, mas transformou sua personagem, Annie, em um ícone cultural. O estilo andrógeno — com seus coletes, gravatas e chapéus masculinos — não era apenas moda; era uma afirmação de personalidade forte e livre.
Anos mais tarde, ela provaria que o carisma não tem idade. Em Alguém Tem Que Ceder (Something’s Gotta Give, 2003), Diane Keaton brilhou como a dramaturga Erica Barry, que inesperadamente se apaixona por um playboy mais velho (Jack Nicholson). Sua performance cheia de nuances, humor e vulnerabilidade rendeu-lhe uma quarta indicação ao Oscar, provando que ela era imbatível no gênero. Ela deu voz e rosto a personagens maduras que eram complexas, sexuais e completamente apaixonantes.
Diane Keaton era uma artista completa: atriz, diretora, fotógrafa e uma figura que sempre defendeu a autenticidade acima dos padrões de Hollywood. Seu legado de filmes continuará a tocar, fazer rir e inspirar.
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